A decisão de abrir uma empresa é sempre cercada de muitos riscos, considerando aqui não somente os financeiros, inerentes ao negócio, mas também os riscos pessoais, como o medo do fracasso diante da sociedade em que se vive, pouco tolerante ao fracasso.
Entretanto, é possível utilizar o medo a seu favor, e até compreendê-lo melhor. De acordo com o livro ‘Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto’, editado pelo Instituto Endeavor, “o medo de não dar certo é absolutamente essencial, pois serve para que o empreendedor conheça seus limites e calcule o tamanho de seus riscos”.
A principal justificativa citada por muitos empreendedores que conheço e que decidiram abrir mão de carreiras executivas bem sucedidas, ou empregos confortáveis e razoavelmente seguros, é a mesma: não se sentiam felizes e não encontravam propósito no que realizavam.
Depois de reconhecer que não se sente feliz em sua carreira, o próximo passo é descobrir o que de fato gostaria de fazer, em que se vê investindo dinheiro, tempo e energia ao longo da vida. Considere, além de uma oportunidade de negócio, também seus gostos pessoais, objetivos de vida e apoio de familiares na nova empreitada.
Lembre-se que o primeiro ano de uma empresa talvez seja o mais difícil, e você terá que estar preparado. Por isso, faça um bom plano de negócios, pesquise os dados do setor, levante os custos e investimentos necessários e estude. Lembre-se de que agora você terá que estar preparado para gerenciar pessoas, administrar o financeiro, planejar as vendas, atender os clientes.
É preciso estar ciente que no inicio da sua jornada empreendedora com certeza haverá uma diminuição de renda ou padrão familiar, e o apoio da família nesse momento é crucial.
Não existe uma resposta única, uma receita a ser seguida. A decisão é sempre de acordo com o quanto você se sente preparado para iniciar sua carreira empreendedora, tanto tecnicamente quanto emocionalmente, pois a decisão em empreender é sempre muito pessoal.
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