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Encontrar um bom sócio não é uma tarefa fácil. Mas pode ser que ele esteja bem diante dos seus olhos. Já conhecedor do potencial da empresa, o funcionário de confiança e ótimo desempenho pode ser um grande aliado na hora de compartilhar os bônus e os ônus da sociedade. A distribuição de cotas é uma boa forma de reter os talentos-chave para o crescimento da empresa, especialmente quando esta ainda não tem condições de concorrer com os salários oferecidos pelas grandes corporações. Conheça a seguir os passos principais para transformar um funcionário em sócio.

1. Planeje a promoção

Alguns empreendedores já começam a estruturar a política de participação de cotas desde o plano de negócios. É fundamental incluir no plano as regras de elegibilidade, o porcentual total de ações que poderão ser outorgadas aos funcionários, o período de carência para o empregado tornar-se sócio, as regras para remuneração e os gastos com questões jurídicas. Outra providência recomendável é formar uma assembleia para definir normas e políticas da promoção.

2. Escolha quem será o novo sócio

A princípio, o funcionário mais indicado é aquele que está totalmente alinhado com a cultura da empresa e apto para liderar pessoas, além de estar disposto a assumir novas funções e aprender sobre governança corporativa. Outros parâmetros importantes são a vocação empreendedora do colaborador e a confiança depositada nele pelo empresário.

3. Encare a burocracia

É preciso rescindir o contrato de trabalho anterior e alterar o contrato social da empresa, já que haverá inclusão de um novo membro na estrutura societária. Ao mesmo tempo em que termina o vínculo empregatício daquele funcionário, suas novas responsabilidades e rendimentos são definidos internamente e aprovados em assembléia. Para garantir que todos os detalhes sejam devidamente discutidos, é recomendável que se elabore um acordo de acionistas, com valor jurídico. A partir do ingresso na sociedade, o novo sócio-administrador passara a receber pró-labore, participar dos lucros e perdas da empresa e responder legalmente por esta.

4. Delegue um novo papel

Na condição de sócio, o ex-empregado terá que assumir novas funções. Além das vantagens, precisará arcar também com os ônus – maior responsabilidade e remuneração incerta estão entre eles. A disposição para participar tanto do lucro quanto do prejuízo demanda uma mudança de mentalidade. Caberá aos antigos sócios abrir espaço para a atuação do recém-chegado, que precisa ser inserido no planejamento estratégico. Isso não significa, entretanto, que o novo cotista não possa continuar exercendo as funções que antes eram de sua alçada. Ele até pode mantê-las, desde que renovadas, seja em termos de maior poder de decisão, autonomia ou abrangência.

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