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Uma pergunta simples que geralmente os empresários não sabem a resposta: o que é mais caro – capital próprio ou de terceiros? Resposta quase sempre unânime: capital de terceiros. Resposta errada.

O capital próprio é mais escasso e envolve mais riscos, portanto é mais caro. Mas, a tendência brasileira é evitar empréstimos a todo custo. Os empreendedores devem aprender a calcular o custo médio ponderado de capital. Sem isso, nunca saberão quanto a empresa realmente gera de valor.

Um paradoxo interessante em finanças é de que uma empresa com lucro líquido positivo pode não ser viável, devendo ser fechada. Isso porque o lucro líquido ajuda a medir o retorno que o empresário deve ter pelo seu negócio, mas somente se for comparado ao custo de capital próprio.

De que adianta manter uma empresa aberta se o dinheiro do empreendedor está parado e o lucro gerado é menor do que investir esse dinheiro em outro lugar? São várias as metodologias para calcular o verdadeiro lucro econômico. Uma delas é o Economic Value Added (EVA). Outra é medir o custo de oportunidade do capital próprio e o Total Shareholder Value (TSV). Mas no começo, não são necessárias metodologias sofisticadas. Basta se perguntar se o retorno do negócio é compatível com o risco assumido e o capital investido. Caso não seja, há algo errado.

Poucas coisas deixam um empresário mais feliz do que uma alta margem operacional como mark-up. Alto mark-up, para muitos empresários, significa altos lucros. O conceito de mark-up é simples: compro (ou fabrico) um produto por um preço X e vendo por um preço mais alto Y.

Quanto maior a diferença, melhor. Isso está certo. Porém, o foco somente nesse indicador tira do empresário o controle dos custos fixos (overhead) e o foco na estratégia de crescimento e diversificação de produtos. Controlar somente o mark-up pode indicar um desprezo por outros indicadores mais importantes para a empresa.

 Por Rodrigo Zeidan, especialista em finanças.

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